quarta-feira, 22 de abril de 2009

Do medo não sobra nada

Do medo não sobra nada
Nem o olhar
Nem o sorriso
Nem a esperança
Nem o sol que inunda as tardes.


Do medo não sobra nada
Nem as promessas se cumprem
Nem os espaços se crescem
Nem o tempo se emancipa.

Do medo não sobra nada
Nem a carcaça do amor
Nem a vontade de ser
Nem o ser que quer ser.


Do medo não sobra nada
Nem tu
Nem eu
Nem a própria razão do medo.


Do medo não sobra nada

Não se faz nada
Não cresce nada
Nada se cria
Muito menos amor
Muito menos poesia.

2 comentários:

  1. Pronto, não podi deixar de vir aqui cheirar e deixar a mijinha da praxe hehe.

    Brinde-se à verdade deste poema!

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  2. Brinde-se, até, sem se olhar para o conteúdo das taças!... O que importa é ouvir o "tchin":)

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