terça-feira, 1 de abril de 2014

Ai, Abril!

Ai Abril, Abril
Canto de cisne tão pueril
Tanto de nobre e tanto de vil
Tanto se sonha neste covil!

Ai Abril, Abril
Tantos caíram no teu ardil:
Ignorantes e doutos, gente servil
Tão resoluta e dissoluta
Gente que luta, mês após mês
nesta certeza que não se desfez:

Semente espalhada em aridez
Redunda em colheitas de insensatez.

Ai Abril, Abril
Mentira lançada como verdade
Rima com tudo o que é mesquinho
Rima com bancas, spreads, cobranças
Vidas austeras, reles poupanças
Pobreza de espírito e arranjinhos…

Ai Abril, Abril
Mais são as águas do que as mil mágoas
Mais as colheitas do que as desfeitas
E mais vitória, apesar da escória!

Ai Abril, Abril
Canto de cisne tão pueril
Tanto de nobre e tanto de vil
Tanto se luta neste covil!



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