sexta-feira, 25 de março de 2011

Zapping sobrea as madrugadas idênticas (perto da emancipação)


Os que aqui passam já sabem disto: O Zapping está para me vir às mãos e o IVA vai voltar a subir. Eu, à semelhança do Jesus Cristo de Pessoa, de finanças não percebo nada, apesar das esperanças um dia depositadas num peteiro com focinho de porco, que um dos meus irmãos tratou de pôr em cacos para comprar chicletes, ou lá o que foi. Estávamos em 1983. Eu tinha 10 anos. Por essa altura, mais ou menos, o FMI passou por cá. E agora eu sei que foi uma injustiça ter culpado os meus irmãos por aquele incidente com o porquinho mealheiro…

Consta que o FMI estará para voltar, mas isto há que crescer e aprender, de formas que, agora, não serei apanhada desprevenida com tostões amealhados num recipiente de cerâmica. Não, mil vezes: “Não!”. Essa coisa de brincar às economias ficou-se por ali, na infância, que é período adequado para a brincadeira. Nunca mais juntei um tostão na vida, juro que não! A vida não está para desilusões, por isso associei-me ao papel com a firme consciência de que, se lhe chegar fogo, arde.

Lições de economia à parte, o que eu quis dizer nos últimos dois parágrafos foi mais ou menos o mesmo que o José Mário Branco disse, quando de “um só jorro” escreveu o que escreveu, inspirado nessa outra visita do FMI, cuja citação (devido, sobretudo, ao enlevo semântico) não resisto a pôr aqui: “Eu quero que o FMI se foda!” e “Quero ser feliz, porra!”.

E agora o que, de facto, interessa: na segunda-feira, um dos meus livros iniciará o seu conturbado período de emancipação: Vai-se embora de mim, embora grite comigo, com o Zé Mário Branco e com quem nos queira acompanhar: “Quero ser feliz, porra!”. “Que tenha uma boa horinha” como alguém já disse.

Passarei por cá com uma lista de livrarias onde o poderão encontrar. Não será extensa, mas poderá cobrir grande parte do território nacional (se é que se lhe pode, ainda, chamar assim).

P.S – Este texto tem uma ou duas passagens irónicas, mas é para ser levado a sério!

1 comentário:

  1. Aquilo que eu não gosto no Zé Mário é que, com escandalosa frequência, me tira as palavras da boca. Até em relação ao FMI.

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