Acordei estremunhada sem saber se isto era coisa que nos acontecesse, quando já somos adultos. Acho que desde os dez anos que não dizia esta palavra. É incrível como nos esquecemos da existência das palavras e depois, quando as redescobrimos é como voltar a ver um amigo de infância: agarramo-nos a elas e andamos por ali uns tempos a abusar dos sorrisos que nos provocam, só de lembrar! Apesar de isto que escrevo ser um estremunho, acho que foi a palavra “estremunhada” que me despertou hoje.
Assim atentemos nos meus passos de hoje (questões higiénicas à parte), antes de verdadeiramente acordar: Li um texto da Paula (não, não é essa nem a outra. É outra) sobre a oscilação dos dígitos de amigos no facebook e, apesar da graça que senti invadir-me (e das saudades), não conseguiu acordar em condições. Depois, fui ver as estatísticas de visitas a este blogue e surpreendi-me com o número de visitas, sobretudo, na Tailândia e na Sérvia. Foram os dígitos que me surpreenderam, não foi o simples facto de alguém na Sérvia ou na Tailândia, (lugares onde nunca estive e com os quais não tenho qualquer relação) ir calhar ao meu blogue por mais do que um dígito de vezes. Eu nunca tinha feito isto, nem sabia como fazê-lo, e apesar de ter sido um momento agradável, também não conseguiu recuperar-me ao estremunho.
Hoje despertei-me a mim própria ao pronunciar uma palavra, que usei enquanto explicava à Paula (sim, a essa!) que estava estremunhada. – E era efectivamente assim que eu estava. Fiquei contente, essencialmente, porque há palavras que ainda me despertam. Por isso, vou ali escrever coisas a sério.
Bom dia a todos os estremunhados e também aos que costumam dizer que nunca dormem e raramente têm sono!
Sem comentários:
Enviar um comentário